sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Cuidados na Indonésia.






A Indonésia, embora seja um paraíso incontestável, reserva muitos perigos!

Fora o já conhecido leque de ameaças naturais como erupções vulcânicas, terremotos e Tsunamis, há uma grande variedade de animais selvagens e peçonhentos, como Peixes escorpião, Peixes-pedra, serpentes marinhas, mosquitos da malária e até ataque de macacos loucos e tigres (em regiões mais isoladas). Há também muitas doenças tropicais e outras provocadas pela falta de higiene e investimento na saúde pública. Por isso é comum ver pessoas com deformações provocadas sífilis na gestação, vítimas de poliomielite e com doenças já erradicadas em muitos países.

Por isso é bom estar em dia com todas as vacinas, e em caso de dúvida, tome até aquelas que teria que ter tomado quando criança.
A água que sai das torneiras não é potável, embora pareça limpa, e o gelo servido junto com sucos e refrigerentes é outro perigo. É quase certo que você vai pegar pelo menos uma diarréia (Bali Béli) enquanto estiver lá. Por isso é importante beber só água mineral, que deve ser usada até para escovar os dentes.

Ter um kit de primeiros socorros bem variado sempre a mão é indispensável, com as recomendações de medicamentos já relacionados em postagens anteriores.

Parar num hospital público na Indonésia é quase uma sentença de morte e um grande risco de sofrer uma amputação desnecessária, e isso é uma realidade cruel, então é bom ter também um bom seguro de viagem ou cartão de crédito com limite alto para qualquer eventualidade.

Se vai sair de Bali ou visitar locais mais remotos, leve um mosquiteiro e mantenha amigos informados da sua exata localização.

Embora seja proibido o uso de drogas na Indonésia, é permitido o consumo de cogumelos alucinógenos, e é comum (em Bali) encontrar casas que preparam chás e coquetéis com cogumelos, principalmente para turistas. Siga a dose recomendada pelo atendente e deixe passar o tempo necessário para começar o "barato". Consumidores afoitos já cometeram o erro de exagerar na dose, ficar muito loucos e provocar tragédias, como um brasileiro de 21 anos em 2008, que acabou se envolvendo em brigas, roubou carros e atropelou uma família, provocando a morte de 1 e deixando 2 gravemente feridos. Esse brasileiro foi espancado, preso e hoje aguarda julgamento em uma daquelas cadeias fétidas e quentes que fazem as penitenciarias brasileiras parecerem um Spa.

O grande fluxo de turistas (principalmente em Bali), levou ao florescimento de gangues especializadas em dar golpes em turistas desavisados.

Um dos golpes mais comuns é um indonesiano (geralmente javanes, com rosto afilado e cavanhaque ralo sempre presente) te vender drogas e logo depois aparecer a polícia e prender os 2 (as vezes são apenas falsos policiais), que vão exigir algo em torno de U$ 5.000,00 para não te levar preso. Roubada total! Não compre drogas de estranhos, nem na rua. O melhor é não usar drogas lá e caso queira ficar meio doido, opte pelas Bintang (ótima cerveja local, uma das melhores do mundo!) ou pelo Jungle juice (coquetel de frutas com Arak, a cachaça local, feita de arroz. É legal, mas no outro dia dá uma dor de cabeça!!!!).

Outro golpe comum é mais praticado fora de Bali, em pequenas comunidades litorâneas frequentadas por surfistas, acontece quando um muçulmano oferece a "amiga" para realizar favores sexuais por preço módico, e quando o turista desavisado está para consumar o ato, chega a polícia com os familiares da moça. A partir daí a dor de cabeça vai ser grande, pois a armação tem a intenção de extorquir dinheiro da vítima, com a ameaça de prisão ou obrigação de casamento. O prejuízo normalmente fica entre U$ 5.000,00 e U$ 10.000,00.
Nos deslocamentos para outras ilhas, prefira os barcos rápidos e companias aéreas mais seguras (se informe), por isso fuja dos Ferryboats e companias aéreas baratas, esses dois meios de transporte tem históricos frequentes de tragédias e não vale a pena arriscar, até porque o clima na Indonésia é um pouco imprevisível e o mar ou o tempo podem mudar de forma repentina.
Os brasileiros, em geral, são muito queridos em toda a Indonésia, e mesmo tendo nossa reputação chamuscada pela prisão de alguns "brazukas"traficantes e turistas desmiolados, ainda temos a simpatia dos nativos. Eles gostam de nossa alegria e descontração e principalmente, dos gestos de generosidade espontânea que frequentemente apresentamos, e que eles não vêem por parte de turistas de outras nacionalidades.

Mas não é por isso que devemos relaxar!

Não discuta religião nem ostente símbolos religiosos não muçulmanos, pode ser perigoso!

Não mecha nem fique olhando muito para as gatinhas nativas, principalmente se usam véu muçulmano.

Em Bali a malária já foi praticamente erradicada, mas nas outras ilhas evite se expor aos mosquitos ao amanhecer e anoitecer, quando eles atacam mais vorazmente.

Ao se locomover de carro ou moto, ande na velocidade do fluxo porque apreçadinhos costumam se dar muito mal! Lá não é como no Brasil, onde problemas e crimes de transito são empunis. Na Indonésia dá cadeia, multa alta e até linchamento (se o acidente resultar na morte de nativos).
Na Indonésia, como em qualquer destino onde você está bem longe de casa e a cultura é diferente, basta tomar bastante cuidado, ter respeito e pensar antes de agir, para ter uma viagem tranquila e agradável.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Considerações sobre Bali, Indonésia (Parte 1)
















Háááááá Bali......

Bali tem tantos atrativos e é tão rica e complexa culturalmente, que vou ter que fazer as considerações em postagens separadas para não ficar um texto muito extenso.

A mais conhecida e turística das ilhas que compõe o imenso arquipélago da Indonésia, está se transformando de forma rápida, e quase descontrolada, em uma Méca do turismo no Oriente.

É o destino de milhares de japoneses, chineses, coreanos, australianos, europeus, norte americanos, e muitos brasileiros e outros sul americanos, que enchem a ilha, principalmente entre os meses de Junho e Agosto (férias no hemisfério norte), atrás do clima tropical com belezas naturais estonteantes, vida noturna agitada, total infra estrutura turística e preços módicos (muito módicos!!!!), ou seja, o paraíso de férias dos sonhos!

A coisa mais marcante ao chegar a ilha é o forte cheiro de incenso no ar, fora o visual estonteante da paisagem na aproximação do avião ao aeroporto.

A ilha vem mudando muito desde que a visitei a primeira vez a 10 anos, quando o transito era menos intenso (não havia esse mar de motos que há hoje!), a atmosfera era menos comercial e mais mística, o povo era mais amável e menos apressado e as massagens eram mais caprichadas e baratas.

A intensa exploração comercial está fazendo com que ela perca muito dos encantos.

Mesmo a propina que os policiais cobravam antes era mais na camaradagem, com astral de gorgetinha, e não o achaque que querem fazer agora. Por isso é bom estar sempre com sua Carteira Internacional de Motorista a mão (serve um xerox colorido da carteira de algum conhecido, porque eles não conferem mesmo!).

Sempre havia um trecho de Kuta (região da ilha mais frequentada por turistas) fechado para a realização de "Cerimonís" (cerimonias de cremação de mortos e rituais de despedida, ou homenagem a algum Deus Hindú), hoje esses rituais estão mais confinados para não atrapalhar o trânsito, já caótico!

Muitas das estradas hoje calçadas, ou precariamente calçadas, eram de chão batido, e chegar em lugares como Balangan, Dream Land, Uluwatu, Medewi, keramas, entre outros, era uma aventura emocionante! Fora o perigo de atropelar alguma galinha ou cachorro (que ainda hoje parece que estão por toda parte e são atraídos pelos pneus) e acabar caindo da moto e estragar o resto da viagem.

O segredo lá é sempre dirigir devagar (por volta de 60 km/h) e com muita atenção. Mesmo naquele trânsito aparentemente louco, você quase não vê acidentes, e quando acontecem, não tem gravidade e geralmente tem um turista envolvido.

Jimbaran, uma extensa praia entre o Bukit (região da ilha onde fica Uluwatu e Padang Padang) e Kuta, e onde íamos comer frutos do mar fresquíssimos, em precários barracões esfumaçados a beira mar, até a saciedade total, pagando nem U$ 5,00 por cabeça, hoje é um requintado conjunto de restaurantes, seguindo mais um estilo feito pra agradar casais endinheirados em lua de mel. Hoje você vai pagar entre U$ 10,00 e 20,00 o Kg para comer alguns frutos do mar a sua escolha, por isso é bom ir com mais 2 ou 3 pessoas, para diversificarem o cardápio. É bom chegar sedo (por volta das 20:00 hrs) para escolher os melhores produtos e encontrar estacionamento, porque lá ainda é concorrido por ser mais barato que comer num lugar similar em Kuta.

Mas locais pra comer em Bali é o que não faltam! É uma fartura de restaurantes com culinária de todas as partes do mundo, para todos os gostos e preços.

Aproveite bem os restaurantes japoneses, que tem os preços muito bons comparados com o que é cobrado no Brasil, e são ótimos!

A praia de Dream Land, antes cheia de warungs (bares) a beira mar, massagistas, surfistas iniciantes e mulherada de toda parte do mundo pegando sol, foi totalmente descaracterizada e está dando lugar a um imenso complexo turístico de luxo, que vai fazer parte de um conjunto de obras suntuosas e campos de golf, que estão transformando aquela área do Bukit em um play ground para golfistas magnatas do Japão e China.

Está cada vez mais difícil ter acesso as praias de lá. Vários acessos são fechados por cancelas e você tem que pagar para entrar, e em outros, o caminho virou propriedade particular. Nos espaços disponíveis para estacionar sempre tem um grupo de nativos cobrando o "parquir" e oferecendo algum suvenir barato (ou nem tanto).
Nas prais e por toda parte você será bombardeado pela oferta dos mais diversos produtos e serviços (como "motorbaick", "transport", "good massage", etc...). É um paraíso para muambeiros como eu, que lá encontram de prata a confecções e de artesanatos feitos dos mais diversos materiais, até verdadeiras obras de arte, por verdadeiras pechinchas! É só saber procurar e fugir dos locais mais frequentados por turistas (onde tudo é mais caro!). Compre em quantidade e pechinche muito. Prefira locais como o Mercado de Ubud ou lojas em ruas secundárias.

A praia da moda agora é Padang Padang, no caminho para Uluwatu. Antes um porto cheio de barcos na praia, onde a gente comprava peixe baratinho, agora é totalmente reservada aos banhistas, turistas e as cerimonias. Os barcos e pescadores foram remanejados para outros portos. Com isso a praia melhorou muito e é possível ficar lá o dia todo (antes você tinha que sair na maré, cheia por falta de espaço na areia).

As ondas excelentes para o surf, algumas com fama intenacional, estando entre as melhores do mundo, são outro atrativo da ilha, que faz com que ela seja invadida por surfistas de todas as partes do mundo, principalmente entre os meses de Abril a Outubro, quando os ventos sopram de terral no lado da ilha com maior número surf spots.

O crowd está se tornando insuportável, e a saída é ir surfar na madrugada, já que muitos surfistas caem na nigth, ou explorar outros cantos da ilha, como para os lados de Green Bowl e Medewi.

Se você é iniciante no surf ou teme se machucar nos corais, uma ótima opção é surfar Kuta Beach. O melhor horário é com a maré média enchendo. As ondas aqui perderam muito da qualidade depois que dragaram a praia, mas ainda vale a brincadeira.
Eu vou fazer uma postagem só sobre as ondas de Bali mais adiante, então aguarde.
O interior da ilha ainda preserva aquele ar místico de antigamente, e no caminho para as montanhas e vulcões você vai sentir a diferença! É uma profusão de arrozais (o arroz é a base da comida local) e montanhas verdejantes, com pequenos povoados esparsos onde a vida segue lentamente.
No mapa acima você verá várias opções de lazer espalhadas pela ilha (click em cima do mapa para ver os detalhes), como áreas para mergulho, parques, cachoeiras, vulcões, localização de templos, portos de partida para outras ilhas, etc.

Os milhares de templos espalhados pela ilha são outra atração a parte. Não deixe de visitar o templo de Tanalot e o de Uluwatu. Só não leve objetos brilhantes (como jóias e bijoterias) e esconda os óculos e relógio, pois os macacos são verdadeiros punguistas, e roubam mesmo, nem que tenham que machucá-lo para isso. Por isso tome cuidado!

As nativas(os) de Bali tem uma habilidade nata para a massagem relaxante (provavelmente você nunca fez tantas massagens na vida quanto vai fazer lá) e quiropraxia, então aproveite enquanto ainda é barato. Nada como uma massagem depois do esporte ou da praia e ainda vendo aqueles por do sol majestosos. Não tem como não se sentir no paraíso!
Mas esses mesmos nativos parecem ter um certo sadismo.

Eles adoram assistir aos programas locais de casos policiais, daqueles bem sangrentos, com imagens que seriam vetadas no Brasil, bem no horário do almoço. O que pra gente é muito indigesto.

Eles também adoram participar dos eventos de execução de presos, quando os locais de execução ficam lotados de curiosos ávidos por sangue. Todos vibram a cada morte, como se fosse um gol em final de campeonato. Há formas distintas de execução, como enforcamento, fuzilamento e a mais concorrida é quando os sentenciados são enterrados até o pescoço e um elefante pisa na cabeça dos condenados. Na Indonésia a pessoa pode ser condenada a morte por ter praticado homicídio, sequestro, tráfico de drogas, entre outros.

Talves por isso o esporte nacional é a Briga de Galo, quando principalmente nos fins de semana, centenas ou milhares de pessoas se aglomeram em campos abertos (que nas horas vagas servem pra galera bater uma bolinha) para ver e apostar no ritual sangrento em que dois galos duelam até a morte, ou quase, de um deles (ou dos dois). Os galos são cuidadosamente preparados e munidos com esporas metálicas afiadas para aumentar a emoção e a chance de um massacre com tripas e sangue saindo pra todos os lados. O Galo perdedor é desmembrado ainda meio vivo e as suas partes nobres vão para o o dono do Galo vencedor.
Isso tudo parece meio ameaçador, mas o perigo não está nos balineses, e sim nos javaneses e nativos de outras ilhas da Indonésia. Os balineses, por serem em sua maioria de religião Hindú, creên no karma, e por isso procuram não fazer o mal aos outros por temer (e ter certeza) a punição. Já os nativos de outras ilhas são na maioria de religião islâmica, e veêm os ocidentais quase como inimigos e se sentem no direito de nos enganar e roubar. Então preste bastante atenção na fisionomia deles. Se tiver cabelo mais ondulado (e não liso como índio) e pelo na cara, tome cuidado!
Outro perigo está na saída da night. Procure sair até as 3 horas, mesmo que a night ainda esteja bombando, ou mais tarde, só acompanhado de alguns amigos. Deixe o carro em estacionamentos próximos, não se envolva em brigas, mesmo que você seja constantemente provocado (nesse caso é melhor ir pra casa mais sedo e esperar por outra noite mais tranquila), não caia na tentação de acompanhar uma prostituta (pode ser uma cilada e você sairá só de cuecas dessa), e não aceite bebidas de estranhos, mesmo que pareçam muito gente fina!

Noites com muitos "Bli" (nativos), costumam ser problemáticas! As de começo de semana são menos perigosas!
Fora esses pequenos cuidados para prevenir roubadas e as mudanças provocadas pelo rápido crescimento, Bali ainda conserva muito charme, beleza, misticismo, ondas boas e alegrias para você.

Caso queira seguir um roteiro mais aventureiro, a Indonésia ainda tem mais 12.999 ilhas pra você conhecer, é só pegar um barco ou avião e ir nessa. Vale a pena, com certeza!

Detalhes sobre outras ilhas do arquipélago serão postados em breve. Até.....

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Hong Kong, o paraíso dos eletrônicos!



Se você está indo para o sudeste asiático, provavelmente vai passar por Hong Kong, na China.

Hong kong faz parte de um arquipélago na costa sul chinesa, que tem o clima um tanto instável e sujeito a furacões na época das monções, de outubro a abril.

O relevo é acidentado, composto por um miolo de montanhas verdes margeadas por grandes planícies aterradas para a passagem de autopistas, linhas de trens rápidos, metrôs de superfície e o desenvolvimento verticalizado da urbanização.
O problema da cidade é espaço para crescer, então estão sempre avançando sobre o mar.

Lá está se desenvolvendo uma das sociedades mais tecnológicas do mundo, onde a economia gira a milhões por hora e as grandes corporações fazem negócios grandiosos, usando as vantagens da localização e dos impostos e custos operacionais baixos.

O inglês é língua fluente (ao contrário da China continental), embora com um sotaque um tanto carregado por lado dos nativos, mas dá pra entender!

Os nativos, principalmente aqueles ligados ao comérciosão, são bem receptivos, atenciosos e educados em relação aos turistas estrangeiros, embora com aquele jeitão sério deles.
E o comércio é a palavra de ordem na ilha, é o que movimenta tudo, por isso lá é um dos melhores lugares do mundo para comprar, tanto bugigangas, quanto maravilhas da tecnologia que só estarão na vitrines brasileiras uns 3 anos depois.
Ao chegar no aeroporto de Hong Kong, um dos maiores e mais movimentados do mundo, você tem acesso fácil a qualquer local da cidade a partir do metrô, trens e autopistas que passam embaixo do aeroporto.
O metrô é barato (cerca de U$ 3,00 o bilhete de ida até o centro da cidade), muito limpo, e organizado.
Uma vez no centro (Down Town), você é bombardeado por propagandas de lojas de departamentos, restaurantes e produtos de grife internacional, numa profusão de luminosos de neon e telões.
Basta dar uma caminhada e fazer um pouco de pesquisa para descobrir as barbadas.
O segredo é pechinchar muito. A negociação acirrada faz parte do jogo, e eles adoram!

Só tome muito cuidado para não jogar nenhum lixo (nem mesmo uma bituca de cigarro), nem cuspir no chão, pois a multa é de U$ 100,00, sem choro, e você só sai do país se pagar. E atenção,
atravessar a rua fora da faixa também dá multa.
Por isso há lixeiras e policiais por toda parte!
Estas multas para restrições a sujeira e para orientação do fluxo de pedestres é usual em outras grandes cidades do sudeste asiático, como Cingapura e Kuala Lunpur, que são também densamente habitadas, numa tentativa de educar a população e evitar o caus urbano.

O acesso a Internet é gratuito em espaços públicos, e você pode usar o cartão de crédito para pagar uma vasta gama de produtos e serviços, como ligações em telefones públicos, máquinas de refrigerantes, táxis, etc.

A gastronomia é um dos pontos fortes da cidade, e onde você encontra culinária de todas as partes do mundo, até churrascarias (bem caras, por volta de U$100,00 por pessoa), pizzarias, todo tipo de redes de fast food, e claro, comidas de toda parte do oriente.

Não deixe de experimentar algum restaurante típico local (com aspecto limpo e organizado), com sua comida a base de frutos do mar, algas, vegetais cozidos no vapor e molhos picantes.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Islas Ballestas (San Gajan), Perú.





A Ilha de San Gajan, cerca de 400 km ao sul de Lima, é um importante santuário ecológico na costa peruana e faz parte do arquipélago das Islas Ballestas.
As ilhas em si são feias, pois são desérticas, com a aridez lunar característica de toda a costa peruana ao redor, mas lá estão uma das maiores colônias de Focas e Leões marinhos do mundo, além de também abrigar grandes colônias de aves marinhas e Pinguins, que aproveitam a riqueza de alimento nas águas circundantes e a ausência de predadores.

Para quem gosta do turismo de observação de animais, é um prato cheio, pois, principalmente as Focas e Leões Marinhos, são muito amistosos e curiosos e quase entram nas embarcações.

Um dos principais motivos de visitação no local é a presença de grandes figuras feitas pelos Incas e civilizações pré-Incaicas, nas encostas voltadas para o Oceano Pacífico, no caminho para as ilhas, cuja finalidade ainda gera muita controvérsia entre os estudiosos do assunto.
Mas talves o que leve o maior fluxo de turistas até a Ilha de San Gajan seja a qualidade de suas ondas. Lá quebra uma das melhores e mais longas direitas do mundo! Elas começam a quebrar quando encostam grandes ondulações de sul na região. A onda inicia na ponta da ilha mais próxima ao continente e vem quebrando paralela a ilha. Quando está acima de 5 pés (1,5 metros), ela termina no meio do mar e a remada forte para voltar ao pico é o principal obstáculo.

De qualquer forma, é uma onda imperdível, que vale a pena ser conhecida, assim como a ilha como um todo, apesar de sua aparente esterilidade.
O custo do barco para chegar lá fica em torno de U$ 20,00 por cabeça, incluindo a taxa de visitação (já que é uma Reserva Ecológico que exige cuidados) e a permanência na ilha por cerca de 2 horas.

Isla Navidad, Baja Califórnia, México.











Esse é um destino realmente pitoresco! É uma ilha com relevo acidentado e aspecto desértico encravada próximo a extremidade da península da Baja Califórnia, no México.

Para chegar lá, você precisa chegar primeiro a Cavaleiro Negro (maior cidade na ponta da Baja), o que já é uma aventura, porque você terá que atravessar um deserto infernal (pode chegar a 45° C, por isso carro ou ônibus com ar condicionado é quase fundamental), e de lá seguir até Baia Tortuga, onde pega o barco até Navidad. A viagem de barco dura cerca de 1 hora, sob o sol escaldante. E se o mar não estiver muito agitado, o percurso é tranquilo e agradável, mas se o mar estiver nervoso, é sinal de boas ondas na ilha, mas o percurso vai ser um pouco indigesto!

Não fossem as ondas perfeitas e a água transparente e quente (o que não é comum na Baja) e o fato de ser o maior pesqueiro de Lagostas do mundo (lá você pode escolher e comprar a Lagosta no entreposto pesqueiro pagando apenas U$ 1,00 por unidade, independente do peso), não haveria muito o que fazer por lá.
A pequena vila de pescadores que se desenvolveu na colina próxima ao porto de chegada dos barcos, é protegida dos ventos que começam a soprar no fim da manhã e só param durante a madrugada. Ela é invadida por gaivotas e seus filhotes, bem como uma ou outra espécie de ave marinha ou urubu que rondam as casas a procura de alguma comida fácil. Por isso é comum se ver algum desses animais mortos atropelados pelos poucos carros que passam pelas ruelas da vila.
No topo da colina onde fica a vila, fica uma grande colônia de aves marinhas, assim como em ilhotas e rochedos que cercam a ilha, por isso a presença das aves por perto é constante, o que faz com que não seja raro alguém acabar sendo bombardeado, mesmo que de raspão, por um excremento voador.
Para ficar na ilha você tem a opção da "Pousada" do Chatanuga, uma pousada tipo familiar com quartos dentro e fora da casa, com pessoas muito amáveis sempre disposta a servi-lo. A diária sai U$ 15,00 por pessoa, com as 3 refeições (para no mínimo 2 pessoas por quarto).

Se estiver num grupo grande (mais de 5 pessoas), sai mais barato alugar uma casa (em torno de U$ 15,00 por dia. Quanto mais dias, mais barato) e fazer as refeições no Chatanuga.
Vale a pena levar um equipamento de pesca porque toda a costa da ilha é muito piscosa, embora também seja muito barato comprar pescados no entreposto de pesca.

A grande pedida é comprar lagostas e fazer grelhada só com sal e manteiga, a noite, e tomando Corona ou Tecate bem gelada enquanto a lagosta cozinha. O céu noturno lá é um dos mais estrelados do mundo, pela total ausência de luz por perto, uma vez que o gerador de luz da ilha é desligado as 22:00 hrs.
O segredo para acertar a hora boa de ir para Navidad pegar as ondas de sonho é monitorar um grande swell de sul próximo de lá, e partir. Você leva umas 12 hrs de estrada, saindo de Tirruana, na fronteira com os EUA.

sábado, 10 de outubro de 2009

Ilha de Gili Nanggu, Indonésia.














Se existe um paraíso, ele deve ser parecido com Gili Nanggu!

Esse pedacinho de terra cercado de outras pequenas ilhas, bem próximo da Ilha de Lombok, ajuda a compor o extenso arquipélago da Indonésia. E o melhor de tudo é que é baratinho! Não tem aqueles preços extorsivos cobrados em outros paraísos como Ilhas Seicheles, Bora Bora, Tahiti ou centros turísticos do Caribe. É claro que o custo de passagem para a Indonésia não é nada barato (entre U$ 1800,00 e U$ 2.100,00 os bilhetes mais em conta), mas as diárias e comida com baixo custo fazem a viagem valer a pena se for por um período maior (pelo menos 1 mês).

Para chegar em Gili Nanggu você precisa pegar um barco no porto de Lombok onde chegam as embarcações vindas da ilha de Bali.

A ilha tem o tamanho aproximado de um campo de futebol, repleta de coqueiros e vegetação preservada, mas com todo o conforto que a civilização tecnológica atual propicia, como chalés com ar condicionado, tv de plasma, internet wireless, etc. Mas você também pode optar por acomodações mais roots, sem nenhum conforto, a não ser a ducha fria e uma cama desconfortável (afinal tem gosto pra tudo!).

Os chalés mais confortáveis ficam em torno de U$ 30,00 para 2 pessoas, com café da manhã (tipo panqueca de banana com café ou ovo mexido com torradas, geléia e café).
Os chalés mais simples ficam em torno de U$ 15,00 para 3 pessoas, só a acomodação.

O restaurante oferece pratos típicos da cozinha oriental e indonesiana, mas você também pode escolher um bom e suculento beef com arroz e batatas.
Outra opção é encomendar um peixão com os barqueiros e fazer um Barbacue noturno, enquanto fica admirando a noite estrelada. Um peixão para 4 pessoas sai em torno de U$ 15,00, barbada! Mas você tem que limpar o peixe e preparar, então se você confia em seus dotes culinários, não perca.

Há uma pequena biblioteca onde turistas de todas as partes do mundo pegam e deixam livros em várias línguas, para desfrute público.

Como a ilha é pequena, é fácil fazer amizade com outros hospedes da ilha.

Leve seu equipamento de mergulho e pesca (arbaletes pequenos e faca de mergulho podem ir junto com a bagagem despachada, desde que bem embalados, senão é dor de cabeça na certa!). No mergulho nas bancadas de corais que cercam a ilha, a poucos metros da areia, você pode ter uma amostra de toda a riqueza da fauna marinha local, em águas quentes e transparentes com visibilidade de mais de 50 metros. Mas fique atento a hora da maré vazante, quando as correntes ficam fortes e você pode ficar em apuros no meio do mar, embora sempre haja embarcações navegando para lá e pra cá.

Para quem gosta de surfar e aprecia ondas de qualidade, Gili Nanggu é uma base para se pegar Desert Point (Banco Banco, para os locais), mas as bancadas da ilha também apresentam ondas excepcionais quando Desert está muito grande. Só que ir de barco para Desert demora cerca de 1 hora e sai U$ 50,00 (ida, espera de 3 a 4 hrs pela seção de surf, e volta), por isso é bom ter bastante gente pra ir junto ou sai caro!
Percorrer o perímetro da ilha a pé na maré seca é outra pedida imperdível! O horizonte ao redor da ilha tem muitas vistas deslumbrantes, como outras ilhas, barcos de pescadores passando com suas velas coloridas, vulcões ao longe, e um nascer e por do sol dos mais bonitos da vida!
A melhor época para ir para Gili Nanggu e a Indonésia como um todo, é entre Maio e Outubro, quando quase não chove e os ventos deixam o mar liso.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ilhas Galápagos.
















Ir para as Ilhas Galápagos não é tarefa fácil!

É claro que você pode optar por comprar um pacote turístico tendo Galápagos como destino e incluindo estadia, refeições e passeios no roteiro, mas pagando o preço por essa comodidade.

Mas se você faz o estilo mais mochileiro aventureiro (como eu!) e tem aversão por pacotes turísticos (afinal a gente curte é a emoção dos perrengues e roubadas!), vão aqui algumas dicas.

Partindo de Guaiaquil, capital política do Equador (a capital administrativa é Quito), você pode optar por seguir de avião ou navio para Galápagos. De navio leva aproximadamente 3 dias e você deve comprar o bilhete com antecedência no Porto de Guaiaquil, com custo de aproximadamente U$ 250,00 por uma cabine simples, com as 3 refeições incluídas.
Se você sofre com enjôos, talves essa não seja a melhor maneira de viajar, mas com certeza é a mais agradável para quem aprecia o mar, não tem pressa e gosta de fazer amigos.

A viagem de avião leva aproximadamente de 1:30 a 3 horas, dependendo se é um Téco-téco a hélice ou avião a jato, e a passagem sai entre U$ 200,00 e U$ 300,00.

O arquipélago das Galápagos compreende 14 ilhas, das quais a maior tem 120 km de comprimento, além de inúmeros rochedos e ilhotas. Produto de erupções vulcânicas submarinas, as ilhas são formações vulcânicas (tem mais de 2000 vulcões extintos e alguns poucos ativos), com aspecto ameaçador, litoral estéril de rochedos vulcânicos salpicado por pequenas praias, algumas com areias brancas. A vegetação nas planícies é mais retorcida e seca e nas montanhas é verde e exuberante.
Tem apenas 2 ilhas habitadas, Isabela (Albermarle) e San Cristóbal, onde fica a capital Progresso.

Um dos roteiros mais apreciados pelos visitantes é o passeio a cavalo pelas crateras e formações vulcânicas, onde um guia experiente vai dando informações a cerca da história das ilhas, sua ecologia e geologia. Não esqueça de levar bastante água e protetor solar nos passeios, porque faz muito calor e tem pouca sombra!
O passeio de meio dia custa em torno de U$ 50,00 e passeios mais curtos ou longos também podem ser encomendados, bem como roteiros de tours de barco e carro, para pesca, mergulho, conhecer as montanhas e a fauna exótica das ilhas, com suas inúmeras Iguanas marinhas, Tartarugas gigantes e Leões marinhos.

A Estação de Pesquisas Científicas Charles Darwin também é um bom lugar a ser visitado e se você é pesquisador de Ecologia, Zoologia, Botânica, Geologia, etc, pode conseguir uma vaga no alojamento da instituição, pagando baratinho pra ficar alguns dias (mas tem que fazer contato com bastante antecedência!).

Para quem gosta de pegar onda, Galápagos é um paraíso do surf! Tem pouco crowd, surfistas locais amistosos, muitas opções de surf com ondas de qualidade e constantes, água transparente e fresquinha (um short john já quebra o galho).
Em San Cristóbal, com swell de sul quebram as ondas de Loberia (onda pesada que exige uma prancha maior e com mais borda) e Tongo Reef. Com swell de norte quebram as ondas de Cañon (esquerda muito longa e com seções tubulares na maré seca) e Punta Carola. Há também vários outros picos quebrando solitários nos out reefs que cercam a ilha. A melhor época pra pegar ondas lá é entre Novembro e Abril, quando os ventos são mais amenos e de terral.
Para quem aprecia o mergulho, tanto de apinéia quanto com cilindro, é bom levar uma boa roupa de mergulho (no mínimo um long 4 mm), pois a água mais abaixo da superfície vai ficando cada vez mais fria, influenciada por correntes frias próximas da costa.

Geralmente quem vai para Galápagos está ávido por conhecer o local, e lá você realmente não consegue ficar parado, pois são muitas coisas para se fazer e o tempo passa rápido.

Embora seja um roteiro turístico muito visitado, não há muitas opções de hospedagens "bacanas" porque o número de visitantes é limitado (como em Fernando de Noronha), a maior oferta é de pousadinhas familiares bem simples, como os moradores locais, então é bom fazer reserva com antecedência (na internet você encontra algumas opções) se você não quer ficar sujeito a ficar em "qualquer lugar". Um bom local para quem procura mais conforto é o Hotel Chatan, que tem piscina, quartos limpos e arejados, internet e bons serviços. O preço fica em torno de U$ 25,00 com café da manhã. Se ficar alguns dias e na baixa temporada eles dão bom desconto, vale pechinchar.

Há muitos restaurantes (porque em San Cristóbal tem uma grande base naval da marinha equatoriana e os marinheiros dessem ávidos por um temperinho diferente), e os frutos do mar são a pedida, já que também é um importante porto pesqueiro.

Galápagos é um local único, que vale a pena ser visitado e explorado em todas as suas possibilidades de passeios. Por isso reserve pelo menos uma semana para tal.

Só não esqueça de levar muitas guloseimas, chocolates, bolachas recheadas e sucos de caixinha, (porque os passeios dão uma fome!) e esses pequenos agrados são caros nas ilhas.