Você já botou no papel o gasto necessário para aprender uma lingua estrangeira fazendo cursos aqui no Brasil?
Gasto com mensalidade do curso, material didático, locomoção, lanchinho, essas coisas?
Sei que são necessários pelo menos 2 anos de estudo pra você sair falando com fluência, exigindo para isso um bom esforço.
Talves por isso tantos pais estão optando por enviarem seus filhos para programas de intercâmbio. No final das contas sai mais barato, e além da lingua estrangeira, a pessoa aprende a conviver com outros, novas culturas e a ser responsável e organizado. Nada mal!
Ainda mais barato é você se jogar de cabeça, comprando apenas as passagens e levando uma reserva de dinheiro, e de preferência, um cartão de crédito também, para eventualidades.
Se você ficar 6 meses a 1 ano inserido nessa nova cultura, convivendo apenas com nativos e falando a lingua deles, estará falando fluentemente depois desse período. Em 6 meses você estará sonhando nesse novo idioma. Depois é só permanecer praticando sempre que possível, senão esquece mesmo!
É claro que é recomendável levar um dicionário de linguas e um daqueles guias de viagem, prático e resumido e ler bastante. Bem como fazer contato com conhecidos que moram no local para onde você vai, ou que já estiveram lá, para pegar informações preciosas (como chegar, onde ficar e comer, quanto vai gastar por dia, essas coisas...).
Para países de lingua Inglesa, eu recomendo o Canadá, que recebe muito bem estrangeiros (grande parte da população é formada por imigrantes), não é caro e é fácil conseguir um emprego (assim que você souber falar um pouco da lingua), e você ainda pode aprender um pouco de francês também. Aconselho chegar no meio da primavera para ter tempo de se adaptar ao clima frio, e seja assíduo ao curso de linguas para estrangeiro, que é ótimo pra fazer contatos e amizades.
Outras opções muito boas estão em ilhas do Caribe que falam inglês, como Jamaica e Barbados, por exemplo. Tem ótima comida, é relativamente barato, seguro, os locais são muito amistosos e a paisagem é deslumbrante. Só tome cuidado com os Rastafaris, eles costumam dar golpes ou praticar pequenos furtos em turistas desavisados. Porque para eles, nós somos da Babilônia e subjulgamos a cultura deles. Mera desculpa psicológica para não se sentirem culpados.
Estados Unidos e Austrália também são muito bons, tem clima agradável, mas o povo não é assim tão amigável, a burocracia para entrar lá não é nada fácil e a fiscalização em cima do trabalhador ilegal é bem mais rigorosa.
A África do Sul é barata e cidades turísticas da costa como Durban, são mais tranquilas e menos perigosas que Joanesburgo. Mas vale lembrar que toda a África é muito perigosa para mulheres brancas, por ser corrente a crença de que fazer sexo (mesmo sem consentimento) com mulheres brancas e saudáveis pode curar quem tem AIDS.
Nova Zelandia também é uma boa pedida pra quem quer aprender inglês, embora já não seja mais tão fácil conseguir o visto. Mas uma vez que você chegou lá, não é difícil conseguir um emprego, assim que você se matricular em um curso (condição para ter autorização para 20 hrs de trabalho semanal, mas que com jeitinho pode virar 40 hrs). É bom chegar lá na época da colheita do kiwi e blueberry ou da tosa da lã de ovelhas, quando é grande a oferta de trabalho. Como deu pra perceber, o trabalho é mais abundante no meio rural. Estações de esqui também sempre precisam de profissionais com experiência em diversas atividades relacionadas.
O Reino Unido (Inglaterra, Escócia, Irlanda) não são nada receptivos, a não ser que você tenha muito dinheiro pra gastar lá, além de ser caro e a comida não ser lá essas coisas.
Vale lembrar que nesses tempos de recessão mundial, a vida ficou mais difícil pra todos e talves não seja o momento ideal para esse tipo de empreitada. Mas se você tem dinheiro disponível, escolha o destino e vá em frente.
Se a sua intenção é aprender espanhol, qualquer país da América Latina serve, mas o Uruguai e Argentina estão com o câmbio bem favorável para nós e são países tranquilos, com pouca violência, boa comida e sem burocracia nenhuma para entrar e permanecer, embora conseguir emprego seja quase impossível.
O Chile é caro e se manter lá e coinseguir um trabalho não é nada fácil.
Outros destinos da América Latina são bem mais roots.
Eu recomendaria então o México (principalmente a região dos grandes centros turísticos do caribe, como Cancun e Acapulco, no Atlântico ou Guadalajara, na região central, que são mais tranquilos e tem maior oferta de empregos na área do turismo). Discos do Roberto Carlos são um regalito (presente) muito apreciado quando se quer estreitar relações.
Cuba é barato e tranquilo, tem ótima qualidade de ensino, comida saborosa e variada, muito parecida com a comida brasileira. O clima é ameno, a paisagem é bonita, o povo é muito amistoso e adora brasileiros. É bom levar camisetas da seleção brasileira (aquelas de camelô mesmo) e havaianas para presentear e fazer amigos.
Outras boas opções são Porto Rico e Costa Rica, onde você também pode aprender inglês, mas são mais caros.
Na Costa Rica você tem a opção de ficar em barraca em muitos locais, e se souber preparar sua comida, vai gastar pouco.Parece uma reserva florestal gigante e é muito fácil ir para o Panamá, Guatemala e outros países da região. Mas evite Honduras e El Salvador, que vivem em instabilidade política e há muitas armas em circulação, sendo fácil você ver uma criança ou adolecente com uma arma de verdade.
Se você quer um curso intensivo de vários idiomas, tente um emprego como tripulante de cruzeiros marítimos. Exige-se um pouco de conhecimento de inglês e não ganha tão bem, dependendo da função, além de se trabalhar muito, mas o convívio com pessoas de várias origens e culturas vale a pena.